Política
A palavra “escândalo” no contexto jurídico, desmistificando equívocos e explicando seu significado
Um esclarecimento sobre o uso do termo “escândalo” no jargão jurídico, sem perder sua essência ética e moral
O uso da palavra “escândalo” no contexto jurídico e a reação de alguns leitores que questionaram sua aplicação em uma recente decisão judicial. Entenda o verdadeiro significado da palavra e como ela se encaixa de forma apropriada no discurso jurídico, sem perder a profundidade ética e moral que lhe é característica. Ainda, o vocábulo “escândalo” pode ser empregado em diferentes contextos, com significado de “erro”.
Quando uma palavra é utilizada em um contexto específico, como o jurídico, é comum que surjam questionamentos e interpretações divergentes, principalmente se o público não está familiarizado com os significados precisos ou a aplicação da palavra dentro daquele campo. Recentemente, alguns leitores demonstraram confusão e até discordância ao ver a palavra “escândalo” sendo usada para descrever uma decisão judicial que impediu uma ação política, alegando múltiplos erros e acatando uma liminar que proibia a execução dessa medida. Para esclarecer essa dúvida, é necessário explorar o significado etimológico de “escândalo” e o contexto no qual o termo foi utilizado.
A palavra “escândalo” tem suas raízes no grego skandalon, que significa um obstáculo, algo que faz alguém tropeçar ou cair. No contexto bíblico e filosófico, o termo passou a ser associado a uma ação que gera indignação, desrespeito ou uma reação moral negativa. Por isso, “escândalo” é entendido como um ato ou situação que causa choque, escândalo público, ou que viola normas éticas e morais, provocando indignação.
No universo jurídico, o termo “escândalo” pode ser empregado para descrever ações, decisões ou comportamentos que causam desconfiança pública, violam princípios éticos ou provocam um entendimento negativo por parte da sociedade. Não se trata de uma acusação de crime em si, mas de uma conduta que pode ser vista como imoral ou prejudicial aos bons princípios da justiça. Quando uma corte decide suspender uma ação política alegando “erros” e impedindo sua execução, isso pode ser considerado um escândalo no sentido de que a ação violaria normas jurídicas fundamentais ou seria uma afronta à ética.
É importante entender que, ao questionar o uso do termo “escândalo”, muitos leitores podem estar influenciados por uma compreensão mais rasa da palavra. A confusão geralmente ocorre devido à associação do termo com escândalos no sentido de “desonra pública” ou “crime de grande repercussão”. Porém, no contexto jurídico, a palavra está sendo usada para expressar a ideia de que uma atitude ou decisão está causando um impacto negativo, não necessariamente em termos de ilegalidade, mas em termos de ética e moralidade, e, portanto, precisa ser revista ou suspensa por decisão judicial.
Em resumo, a palavra “escândalo” foi usada de forma precisa e apropriada no contexto jurídico, referindo-se àquilo que gera um impacto negativo devido à violação de princípios éticos ou legais, e não apenas a um ato criminoso ou desonroso. Entender o significado completo de uma palavra antes de questioná-la é essencial para a compreensão de seu uso e para evitar interpretações errôneas. Em tempos de debates intensos, é fundamental que todos busquem compreender a origem e o contexto das palavras, a fim de evitar confusões e promover discussões mais informadas e construtivas.
Finalmente, não só esclarecer o uso da palavra “escândalo” em seu contexto, mas também alertar para a importância de uma leitura atenta e fundamentada nas palavras e seus significados, especialmente quando se trata de temas tão complexos quanto o direito e a política.
Jornal O Comunitário – Da Redação
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Ronilce Sebastiana Gonçalves de Sá
3 de janeiro de 2025 at 22:43
Já vimos verdadeiros escândalos na política nacional. Que a meu ver o ocorrido foi uma falha.