PT representa
contra Marina por
‘difamação eleitoral’
Candidata do PSB afirmou que não consegue imaginar as pessoas confiando em “um partido que coloca por 12 anos um diretor para assaltar os cofres da Petrobras”

O Diretório Nacional do PT entrou com uma representação nesta sexta-feira (12) no Ministério Público Eleitoral, contra a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, alegando “crime de difamação eleitoral” nas declarações dadas pela ex-ministra durante sabatina ao jornal O Globo, nesta quinta-feira (11).
Segundo nota divulgada pelo partido, a representação registra que, durante a sabatina, Marina “extrapolou – e em muito – o mero direito de crítica, ferindo abertamente a honra da agremiação, bem jurídico tutelado pelo tipo penal em questão”.
Na ocasião, a ex-ministra afirmou que não consegue imaginar as pessoas confiando em “um partido que coloca por 12 anos um diretor para assaltar os cofres da Petrobras”, em referência ao PT e ao ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. “As declarações foram reproduzidas no portal de notícias G1 e divulgadas no canal de internet TV40, da campanha de Marina, e hoje são a principal manchete do jornal O Globo”, diz a nota do PT.
Para o coordenador jurídico da campanha à reeleição de Dilma Rousseff, Flávio Caetano, “está demonstrada a intenção de macular imagem do PT com finalidade eleitoral, configurando o crime de difamação eleitoral previsto no art. 325 do Código Eleitoral”.
De acordo com o artigo, se comprovada a difamação, a candidata pode receber como pena detenção de três meses a um ano e pagamento de cinco a 30 dias-multa. O artigo 357 do Código Eleitoral determina que o Ministério Público fará sua análise da denúncia dentro do prazo de dez dias.