Manchete
“Curto, mas suficiente para mostrar serviço”
Adriano Silva deixa a Assembleia
Quarenta e nove dias. “Curto, mas suficiente para mostrar serviço”. A sentença revela o fim, nesta terça-feira (01), da primeira temporada do deputado Adriano Silva (PSB) no Parlamento Estadual. A volta de Eduardo Botelho (PSB) ao cargo, que visa se articular à presidência da Casa de Leis, abriu uma “janela” de 90 dias para seu regresso à Assembleia; quando assumirá no lugar de Oscar Bezerra, que deve concluir os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as Obras da Copa do Mundo, até o próximo dia 30 de maio.
Contudo, as 1.176 horas em que esteve no cargo foram precisas para dar passos importantes no sentido de promover o aprofundamento das discussões de grandes temas, como, por exemplo, a retomada das atividades da hidrovia Paraguai-Paraná. A fim de apresentar a viabilidade do modal, Adriano Silva presidiu uma comitiva de membros do Movimento Pró-Logística e da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT) em portos localizados no município de Cáceres, na última sexta-feira (26).
No entanto, o primeiro passo nessa direção aconteceu logo em sua primeira semana de atuação no Legislativo. Assim que assumiu o mandato no lugar de Botelho, que se licenciou por 120 dias para tratar de assuntos pessoais, Adriano Silva articulou junto aos deputados Wancley Carvalho (PV), Wagner Ramos (PR), Saturnino Masson (PSDB), Dr. Leonardo (PDT), e o presidente da Casa Guilherme Maluf (PSDB), a criação da Frente Parlamentar de Desenvolvimento da Região Oeste.
“A região ficou esquecida pelas gestões anteriores. Por décadas, amargamos a falta de investimentos públicos neste rincão do nosso imenso Estado. Ainda é preciso lembrar que nos 22 municípios que compõe o Oeste, vivem mais de 300 mil pessoas, ou seja, 10% de toda a população mato-grossense; todos carentes e ansiosos pelas vistas do Poder Público, por meio da representatividade política. Desta maneira, minha chegada à Assembleia foi considerada um reforço à luta dos interesses comuns”, considerou Adriano.
Apesar das Sessões Plenárias terem iniciados há apenas duas semanas, Adriano apresentou três indicações e um Projeto de Lei. Um dos requerimentos se refere à criação de uma Base do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) na comunidade rural do Limão, em Cáceres, ao passo que o segundo sobre a doação de uma área que pertence a Empaer para a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), com a finalidade de implantar uma fazenda experimental para atender os alunos do curso de agronomia. Já a terceira indicação visa à instalação de uma Câmara Setorial Temática, pelo período de 180 dias, com o objetivo de debater as questões acerca da implantação da hidrovia Paraguai-Paraná.
Logo na primeira das 10 Sessões que participou, Adriano apresentou o Projeto de Lei que visa a alteração do nome da Unemat em homenagem in memorian ao seu fundador, o professor Carlos Maldonado. Além disso, no período em que esteve no Parlamento cobrou ações importantes do Governo do Estado, como a reforma de Escolas Estaduais, a revitalização da Av. Tancredo Neves, a troca de pontes de madeira por concreto e a instalação de uma fonte de água na Praça Barão de Rio Branco, bem como a licença de instalação e operação de uma cascalheira para atender o programa de recuperação de vias públicas em Cáceres.
“Gostaria de poder fazer ainda mais por Mato Grosso. Mas, o trabalho ainda não terminou. Dentro de três meses estarei de volta para colocar em pauta os pleitos da região Oeste junto ao Governo. Saio de cabeça erguida, com a sensação de dever cumprido, ao dizer um ‘até breve’”, destacou.