Política
DERROTA
BLOG – Vitória do povo e da Lei da Ficha Limpa. Por unanimidade, Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, respaldando tese defendida, veta a candidatura a governador de José Geraldo Riva. De nada adiantou Riva investir tanto dinheiro na compra de parecer do ex-chefe do MPF, Antonio Fernando. Valeu a tese defendida pelo jovem procurador do MPF, Douglas Fernandes. Foi 5 a 0. TRE-MT deu uma lavada em Riva, o ficha-suja.
TRE veta a candidatura
a governador de
José Geraldo Riva
A Justiça Eleitoral de Mato Grosso vetou, por unanimidade, na manhã desta quinta-feira(7), a candidatura do ainda deputado estadual José Geraldo Riva ao cargo de governador de Mato Grosso. A derrubada da candidatura do cacique do PSD começou a partir do voto do relator, juiz Agamenon Moreno, cujo voto foi seguido pelos também juízes Lídio Modesto, André Pozzetti, Maria Helena Póvoas e Pedro Francisco.
Uma unanimidade de 5 a 0, acompanhada por um plenário lotado, na sede do Tribunal Regional Eleitoral, no bairro Centro América. Sim, Riva caiu diante de um auditório engalanado.
Todos os advogados de destaque no Direito Eleitoral estavam lá, para ver o embate, entre o procurador Eleitoral, Douglas Fernandes e o advogado Paulo Taques, que fizeram sustentação oral em favor da impugnação, contra o advogado Rodrigo Mudrovitsch encarregado da defesa de Riva.
O TRE-MT confirmou o entendimento de que Riva é ficha suja.
Os bem remunerados assessores de Riva, aqueles que o convenceram a embarcar nessa aventura que é uma verdadeira canoa furada, ainda estão no Tribunal Regional Eleitoral já anunciando que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral na tentativa de garantir uma reversão na decisão unânime dos juízes eleitorais mato-grossense. Para os advogados, mais e mais faturamento. Para Riva, a certeza de que continuará sangrando diante de um eleitorado cada vez mais perplexo e, espero, cada vez mais esquivo em relação à sua candidatura.
Imagino que o ex-chefe do Ministério Público, Antonio Fernando, por exemplo, esteja satisfeito com o dinheiro recebido pelo parecer que ele vendeu para Riva, argumentando Riva não seria alcançado pelas regras da Lei da Ficha Limpa. Se o parecer colocou mais um dinheirinho no bolso do ex-procurador geral de Justiça, de nada valeu para o deputado Riva? Quem venceu no argumento e no voto dos juízes eleitorais, foi o novato procurador eleitoral de Mato Grosso, Douglas Fernandes, com aquela sua cara de menino. Será que o contrato de Riva com Antonio Fernando previa a devolução do dinheiro pago, em caso de insucesso na derrubada da impugnação. Vá lá saber.
A informação do Tribunal Regional Eleitoral, mesmo com o indeferimento, é que o candidato pode continuar com a campanha na rua até que seja julgado o recurso no Tribunal Superior Eleitoral. Eu acho é preciso muito masoquismo no Riva para continuar defendendo esta candidatura e esta causa, mas como dizem os mais crédulos, há sempre uma esperança. Mas em declarações, na hora do almoça, Riva já anunciou que sua campanha e sua luta continuam, normalmente.
Parece que o componente masoquista na personalidade do deputado mais processado por corrupção em Mato Grosso é mesmo uma realidade. Ou será uma caso de desfaçatez? Só acompanhando o andar da carruagem desta campanha, para a gente conferir até onde vai a cara de pau desses personagens da política mato-grossense. De qualquer maneira, Riva é mesmo um personagem para se estudar e se estudar e se estudar. Um fenômeno, sem dúvida nenhuma que não pode ser decodifica em uma simples nota de blogue, ainda mais por um analista tão incompetente como eu.
Paulo Taques, advogado que brilhou nesta manhã de embate jurídico no TRE, foi muito cumprimentado pelos colegas e saiu do Tribunal avaliando que a tendência é que decisão nos nossos juízes eleitorais, uma eleição unânime, seja confirmada tranquilamente em Brasília.