[dropcap]S[/dropcap]em poder concorrer, o prefeito de Cáceres Francis Maris (PSDB) pretende eleger o sucessor para assumir a secretaria de governo na próxima gestão. Ele está rompido com sua vice Eliene Liberato (PSB), que recusou o último convite para se unir ao candidato tucano apoiado por Francis e deve fechar com o Republicanos, do médico Odenilson José da Silva de vice. Ao site RDNews, o prefeito conta que quer continuar na prefeitura, mesmo como secretário, para garantir a aplicação de R$ 130 milhões do convênio com a Caixa na estrutura de saneamento.

A aposta do prefeito é a chapa encabeçada por Paulo Donizete (PSDB), tendo como vice Anelise Silva (DEM), viúva do ex-Reitor da Unemat Adriano Silva, que era um dos principais nomes para disputar pela oposição de Francis com quem chegou a trocar farpas antes de contrair Covid-19 e falecer. “Preciso eleger alguém que vai dar continuidade e, se preciso for, serei secretário de Governo ao lado do Paulo. Esse é um trabalho que não pode se perder”, disse Francis.

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O que até poucos meses parecia ser a continuidade natural de uma parceria de quase 8 anos, virou uma novela. Francis chegou a declarar que iria apoiar Eliene e chancelou a ida dela para o PSB, do deputado estadual Max Russi que conseguiu emplacar a vice-prefeita na segunda suplência da chapa de Otaviano Pivetta. Mas, com a unificação das eleições, ela optou manter o projeto para disputar a prefeitura.

No entanto, sem conversar com a parceira de gestão, Francis anunciou que iria apoiar Paulo Donizete. Eliene não gostou da surpresa e disse que estava desapontada. Ela ainda tentou amenizar a situação e contou, à época, que esperava uma mudança na decisão do prefeito.

E foi o que ocorreu. Mas quando Francis procurou Eliene para oferecer o apoio do PSDB em troca da indicação de Paulo Donizete como vice, recebeu uma negativa da pré-candidata. Ela estaria com conversas mais adiantadas com o Republicanos e deve compor chapa com Odenilson.

Furioso em ser trocado, Francis lamentou a rejeição por considerar que ele tem boa articulação na região e “poderia contribuir muito mais com a campanha dela”.

“Sobre Eliene, foi ela quem trocou meu apoio pelo vice dela. Eu tenho prestígio na região e acabei de conseguir R$ 130 milhões em convênio com a Caixa Econômica Federal para investir no saneamento. Não posso deixar isso de lado, pretendo eleger o sucessor e estar junto no governo”.

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