Polícia
Governador de Mato Grosso determina prisão de tenente-coronel acusado de assédio sexual
Mauro Mendes ordena a prisão de 15 dias para oficial da PM que exigia relações sexuais em troca de não expulsar policiais mulheres. Caso gera indignação pública e levanta questionamentos sobre a severidade da punição
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), publicou nesta sexta-feira (11) uma determinação de prisão de 15 dias para o tenente-coronel da Polícia Militar, Joel Outo Matos. O oficial é acusado de exigir relações sexuais de mulheres policiais sob a ameaça de expulsá-las da corporação. A decisão foi divulgada no Diário Oficial do Estado (DOE) e tem origem em denúncias feitas em 2018 pelo Ministério Público Estadual (MPE), com base em fatos ocorridos em 2016.
De acordo com a denúncia, Matos utilizava sua posição de poder para coagir jovens policiais femininas. Ele ameaçava retirar sua estabilidade financeira e encaminhar suas demissões caso não se submetessem às exigências sexuais. Entre as provas apresentadas estão mensagens de texto trocadas entre o oficial e as vítimas, que ilustram a gravidade das pressões exercidas. Em uma dessas mensagens, o tenente-coronel afirma: “Tudo estava desenhado para você ir presa, ser mandada embora, perder sua estabilidade financeira, essa vida que você tem. Eu entrei na sua vida quer você queria quer não. Quero você”.
A prisão de Joel Outo Matos é consequência de um Conselho de Justificação instaurado após as denúncias do MPE. No entanto, a decisão de prisão por apenas 15 dias gerou revolta em parte da população. Nas redes sociais, internautas expressaram indignação, argumentando que a punição não corresponde à gravidade do crime. Um dos comentários mais contundentes veio de um cidadão identificado como Paulo, que disse: “Senhor Governador, esse militar tem que perder a farda. Inadmissível ele aposentar ou sofrer uma prisão e depois ficar na calada”. Outros comentários também criticaram a decisão, como o de Kalmax, que considerou vergonhosa a pena aplicada: “Vergonhoso esta punição, deveria ser demitido a bem do serviço público”. De Jao: “Nossa, grande punição… se é um pracinha tava na rua.”
O promotor Allan Sidney do Ó Souza, responsável pela denúncia, apontou que o número de vítimas pode ser ainda maior, sugerindo que o caso tenha proporções mais amplas do que o inicialmente apresentado. Embora apenas três policiais tenham prestado depoimentos formais, o MPE trabalha com a hipótese de que o tenente-coronel tenha assediado mais mulheres ao longo de sua gestão no 10º Comando Regional de Vila Rica.
A suavidade da pena, associada à natureza do crime, reacende o debate sobre a necessidade de maior rigor na punição de agentes públicos que se valem de suas funções para cometer abusos. Em casos como este, onde o poder é utilizado para assediar e violar direitos, a resposta do Estado é fundamental para restabelecer a confiança da população nas instituições de segurança pública.
Com essa decisão, fica no ar a pergunta: a Justiça foi feita ou mais uma vez a impunidade prevaleceu?
Jornal O Comunitário – Da Redação
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Soraia Abutakka de Morais
12 de outubro de 2024 at 16:36
Fico indignada com a Pena aplicada, isso esta parecendo proteção e para ficar esquecmento já que existe provas suficientes para esse indivíduo Pena a sua farda de momento não protelar para dar aquele jeitinho. Governador vamos agir no rigor da Lei. Demeti-lo a bem serviço Público. Já que esse serviço ao qual ele se integra é um serviço de proteção a cidadã e cidadãos.