Jesus está voltando
Mentiroso conta uma Estória pra nós

Quando a Mentira se torna estratégia e o engano é disfarçado de Verdade

Em um mundo onde a verdade se tornou uma mercadoria escassa, a mentira não é mais um erro a ser corrigido, mas uma tática refinada de sobrevivência. A mentira se infiltrou em todas as esferas da nossa vida cotidiana, mas é no campo da política que ela revela suas raízes mais profundas, alimentada pelo cinismo e pela falta de ética. Mentir tornou-se quase uma norma para aqueles que buscam poder, e o que mais impressiona é que, muitas vezes, quem se utiliza dessa prática não só se sente confortável com ela, mas a faz com orgulho, sem qualquer remorso.
A mentira no cenário político é uma estratégia calculada, disfarçada de “interesse público” e “promessas de mudança”. Os discursos inflamados, as palavras vazias e as promessas que nunca se concretizam são a assinatura de um jogo que só interessa aos poderosos, até mesmo na esfera municipal. A questão não é se os políticos mentem, mas quantas mentiras eles podem vender antes que a população, cansada e desiludida, perceba o engano? E o pior: quem denuncia essa mentira é rapidamente rotulado como inimigo, dissidente ou até traidor. O ciclo continua, e a sociedade, muitas vezes, permanece passiva, como se já não soubesse mais distinguir o que é verdade e o que é invenção.
Essa prática de engano, no entanto, não é algo novo. A Bíblia, em João 8:44, já fazia a conexão entre a mentira e Satanás, chamando-o de “Pai da Mentira”. Quando mentimos, não estamos apenas quebrando uma ética ou um princípio moral, mas estamos nos alinhando, de certa forma, com o próprio espírito do engano. E se, no campo religioso, a mentira é vista como algo digno de punição eterna, na política ela é não só tolerada, mas, muitas vezes, até premiada. O problema, no entanto, é que as consequências dessa prática não se limitam a uma esfera religiosa ou moral. Elas têm impacto direto na nossa vida cotidiana, no futuro das gerações e, especialmente, nas relações de poder.
A mentira na política, alimentada pela falta de ética e pelo mal caráter, constrói um sistema onde a verdade é distorcida e a confiança é corrompida. Isso não é apenas uma falha de caráter de alguns indivíduos, mas uma falha estrutural de um sistema que, ao invés de corrigir os desvios, os recompensa. O cinismo se torna uma armadura, e aqueles que tentam desmascarar as mentiras são frequentemente silenciados, desacreditados ou ignorados. No entanto, a verdade, por mais que tentem escondê-la, sempre encontra um caminho. Pode demorar, mas chega, com o peso de uma história mal contada.
Em um mundo em que a mentira virou moeda de troca, a reflexão deve ser feita: até onde estamos dispostos a permitir que a mentira se espalhe? Até que ponto vamos permitir que o engano molde nossas escolhas, nossas opiniões e, por fim, o nosso futuro? Ao fazer isso, não estamos apenas aceitando a falsidade, mas reforçando um ciclo vicioso que enfraquece a nossa própria humanidade. A mentira, ao ser repetida e normalizada, vai minando as bases de nossa sociedade e criando uma geração desconectada da verdade.
No entanto, esse alerta não é apenas para os outros, mas para cada um de nós. Ao aceitar as mentiras de políticos, ao não questionar as promessas vazias, ao deixar de procurar a verdade, estamos colaborando para esse cenário de corrupção moral e ética. A mentira, quando aceita e não confrontada, passa a ser não só uma prática, mas uma ideologia que ameaça as fundações de nossa convivência.
Mentir é fácil. Enxergar a mentira, desmascará-la e viver de acordo com a verdade é que exige coragem. E, talvez, seja isso o mais desafiador: a coragem de enfrentar o engano, seja no contexto político ou em nossa vida pessoal, e decidir, de uma vez por todas, de que lado da Estória queremos estar.
Jornal O Comunitário – Da Redação
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