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Descoberto por Ildefonso Rosa, morre Radialista, Repórter e Apresentador Renan Coelho

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RENAN COELHO NA TV PANTANAL  – ARQUIVO

 

[dropcap]N[/dropcap]atural de Cáceres, residente na rua Coronel Ponce, desde cedo já ensaiava narrações jornalísticas. Nos campinhos de futebol “Paré” era autêntico profissional. Não sentia vergonha, não brincava, levava a sério, imitava os famosos da mídia. De começo gostava de ser chamado pelo nome de Macelo Galvão, isso mesmo sem o r. Macelo, diferente de Marcelo. E assim foi por longo anos nesse sonho, nessa vontade de ser um profissional do Jornalismo.

Renan Coelho não sentia vergonha do nome de batismo. Apenas evitava porque tinha a alma de Repórter, de Apresentador, de Locutor. Ainda desconhecido, adolescente, jovem não recusava o nome de José Zeferino Coelho Paré.

Ele foi participante do grupo cultural de samba “A Turma da Padre Cassemiro”, gostava de sair como Passista. A última fantasia foi Macacão do Colégio Agrícola. Arrumou um uniforme macacão, vestiu e foi para a avenida dançar carnaval pela Escola de Samba Unidos da Padre Cassemiro; quando a Prefeitura passou a somar com as despesas, fundou o Bloco Os Indecentes.

Na verdade, Renan Coelho era o cara naquilo que se diz hoje, Mídia. Nas brincadeiras, nos matinés empunhava o microfone e comunicava com alegria.

 

… TAMBÉM, CINEGRAFISTA EM MIRASSOL D´OESTE – ARQUIVO

 

Em Cáceres a quadra da Escola Onze de Março, popular Ceom era o palco do esporte cacerense. Época em que a Rádio Jornal das Organizações Ninomya Miguel se encontrava em alta, com a Direção do consagrado Jornalista Ildefonso Rosa, que foi informado que havia um rapaz que tinha o desejo, o sonho de trabalhar com a mídia. A indicação foi de Sérgio Ricardo Uta, amigo de infância que conversou com Ildefonso Rosa que de imediato quis conhecer Renan Coelho.

E como a vida toda da gurizada da época era nas imediações da quadra do Ceom, não foi difícil encontrar: “Paré, Paré, o Radialista Ildefonso Rosa quer falar com você”, todo aquele alvoroço de torcida pela condição de um sonho prestes a se realizar. E assim foi, Ildefonso Rosa já acertou ali mesmo, na hora, deu equipamento para Paré, aliás, para o jornalista Renan Coelho. 

 

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LUTOU PELA REGULARIZAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM TANGARÁ DA SERRA – ARQUIVO

 

Desde então, nunca mais parou. Esteve em todas as mídias de Cáceres. Trabalhou nas emissoras de rádios e televisão da Região Oeste, até que foi para Tangará da Serra com a bagagem lotada de experiência. O menino Paré, ou seja, Macelo Galvão tornou-se Renan Coelho. Nome que ecoou para muito longe. Um som que vai tilintar em muitos corações saudosos, principalmente da sua família, esposa, filhos e como também daqueles que receberam as ações solidárias promovidas pelo Radialista-Repórter-Apresentador Renan Coelho – que – realizava eventos filantrópicos, angariava alimentos, ou seja, ajudava as pessoas carentes no que era preciso.

 

REDE PANTANAL: MANCHETE – TV VALE DO JAURU, MIRASSOL D´OESTE – ARQUIVO

 

Mas, como nós não sabemos o Amanhã, não conhecemos o Mistério da vida – eis que o guerreiro comunicador tem seu corpo cansado, atingido por uma força em seus órgãos, principalmente nos rins. A luta diária não foi suficiente. Exames e medicamentos, entre outros atendimentos médicos, cuidados no sentido de se fortalecer não foram eficazes. Chegou o tempo da partida. O então José Zeferino Coelho Paré morreu, com ele Paré, Macelo Galvão e Renan Coelho. Ou melhor, o homem, o cacerense sonhador morre de certo modo feliz, contente por estar exatamente onde sempre buscou, sonhou… Na Mídia!

Hoje, no início do mês de março, embarcou na nave rumo ao desconhecido. Por mais que lutou em permanecer por aqui, num mistério, não sabia que viajou para o descanso em vista de tanto trabalho beneficente realizado em prol das pessoas de baixo poder aquisitivo.

Descanse em Paz, amigo de infância.

 

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