Polícia
PEDOFILIA: O horror silencioso que precisa ser combatido com rigor
Esse tipo de violência se agrava ainda mais, porque a vítima é obrigada a se manter em silêncio imposto pela dor e pela ameaça que o maníaco faz
A pedofilia é uma das mais abomináveis formas de violência, um mal que rouba a inocência e destrói vidas. Recentemente, o caso de um padrasto preso em Sinop, Mato Grosso, Brazil, trouxe à tona mais uma vez a urgência de enfrentar esse crime com seriedade, tanto na prevenção quanto no apoio às vítimas e na punição dos agressores.
Os abusos cometidos contra crianças raramente vêm à luz de forma espontânea. Isso porque os agressores, muitas vezes, são figuras próximas à vítima – pais, padrastos, familiares ou pessoas em posição de confiança. No caso de Sinop, a “menina criança” de nove anos foi obrigada a suportar o abuso por mais de um ano, calada pelo medo e pelas ameaças.
A descoberta do “crime sexual infantil” só foi possível porque o Conselho Tutelar foi acionado, revelando um aspecto ainda mais sombrio da realidade: a omissão daqueles que deveriam proteger a criança. A mãe, ao ser informada das suspeitas, não só não demonstrou apoio à filha como preferiu desacreditá-la, forçando o afastamento da vítima para um abrigo. A mãe duvidou da veracidade dos fatos, ao ponto de dizer que a menina estava mentindo, inventando a “situação criminosa”.
Em muitos casos, o monstro disfarçado está na própria família. Ou seja, o agressor se apresenta como uma figura de cuidado, invertendo papéis e manipulando emocionalmente a criança. Esse pedófilo do município de Sinop, padrasto da criança de 9 anos de idade – com muita tranquilidade, com tom e jeito de galanteador – confessou os crimes, e, ainda, proferiu palavras que escancaram sua perversidade.
O pedófilo afirmou que “via prazer no rosto da vítima”, uma declaração que não apenas desumaniza a “menina criança” como também reforça o caráter psicologicamente perturbador do agressor.
O comportamento da mãe nesse caso é emblemático de uma questão social mais ampla: a negação da vítima. Ao não acreditar na própria filha, ela perpetuou o ciclo de violência e traiu a confiança da criança, que já enfrentava um dos piores horrores possíveis. A proteção infantil não pode depender da disposição de familiares em enxergar a verdade. Deve ser papel do Estado e da sociedade criar mecanismos para que a denúncia e o acolhimento sejam imediatos e eficazes, como também, responsabilizar criminalmente o ato de omissão, a cumplicidade como um todo.
A prisão do criminoso é um passo necessário, mas não suficiente. O sistema de justiça precisa assegurar que os agressores sejam responsabilizados, mas também é fundamental investir no atendimento psicológico e emocional das vítimas. O trauma da violência sexual deixa marcas profundas e requer acompanhamento a longo prazo para que a criança possa, um dia, recuperar sua confiança no mundo. Esclarece-se que a Justiça é a medida, tanto para o agressor, quanto à vítima que sofre, suporta os horrores dos ataques.
Um apelo à sociedade
A pedofilia não é apenas um problema individual ou familiar; é um problema social que requer uma resposta coletiva. Denunciar suspeitas, apoiar as vítimas, educar crianças sobre seus direitos e criar ambientes de confiança são passos essenciais para enfrentar essa “chaga”.
Que o caso de Sinop sirva como um alerta para a urgência de sermos mais vigilantes, mais compassivos e, acima de tudo, mais implacáveis com aqueles que se voltam contra os mais vulneráveis.
Jornal O Comunitário – Da Redação Editorial/Polícia Civil MT
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