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Proposta inédita de vereadora Magaly pode garantir salas humanizadas para mães que perderam bebês em hospitais de Mato Grosso

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Inspirada por nova lei federal, vereadora cacerense quer que o Estado institua espaços de acolhimento para mulheres que enfrentam o luto gestacional e neonatal

Vereadora Magaly pede lei estadual que crie espaços humanizados em hospitais públicos de MT para mães que enfrentam perdas gestacionais – FOTO: Reprodução

Em um gesto histórico, a vereadora Magaly apresentou proposta que pode transformar o luto materno em política de cuidado no Estado. A sugestão, enviada ao deputado Max Russi, propõe a criação de salas específicas nos hospitais públicos de Mato Grosso para mães que perderam seus bebês.

Nem sempre o parto é o começo da vida. Às vezes, é o início de uma ausência que deixa marcas eternas. Para as mães que enfrentam a perda gestacional ou neonatal, o silêncio que acompanha o luto costuma ser solitário e invisível.

Mas essa realidade pode começar a mudar em Mato Grosso. Em uma proposta inédita e de profundo alcance humano, a vereadora Magaly (PP) apresentou a Indicação nº 387/2025, solicitando ao deputado estadual Max Russi que leve à Assembleia Legislativa um projeto de lei estadual inspirado na nova Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental.

A proposta prevê a criação de salas específicas e humanizadas em hospitais públicos estaduais — em Cáceres e nos demais municípios — voltadas exclusivamente para o acolhimento de mães que perdem seus filhos durante ou após a gestação. Os espaços teriam estrutura adequada para o momento de despedida, atendimento psicológico imediato, conforto e, acima de tudo, dignidade.

“Essas mães não podem viver esse momento em meio à correria hospitalar, sem privacidade ou empatia. Precisam de silêncio, respeito e um espaço que acolha sua dor com humanidade. A política pública precisa enxergar essas mulheres com amor e responsabilidade”, afirma a vereadora Magaly.

Inspirada pela lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a propositura busca ampliar, no plano estadual, o que a nova política nacional já estabelece: Apoio psicológico para famílias enlutadas; Exames que investiguem as causas da morte; Acompanhamento especializado em gestações futuras; Espaços físicos para despedidas íntimas e respeitosas; Registro civil de natimortos com o nome escolhido pelos pais.

Entre 2020 e 2023, mais de 172 mil mortes fetais foram registradas no Brasil. Em 2024, os dados preliminares já somam quase 23 mil óbitos. Por trás de cada número, há uma história interrompida, um nome sonhado, um futuro que não chegou.

Com sua propositura, Magaly se torna a primeira vereadora em Mato Grosso a levantar essa bandeira com força legislativa, propondo uma mudança concreta no modo como o Estado trata a dor do luto materno.

editoração/arte: celso antunes

Se acolhida pela Assembleia, a ideia pode se tornar um marco histórico na saúde pública de Mato Grosso, transformando o silêncio das perdas em um gesto de cuidado coletivo.

E como diz a própria vereadora, “transformar a dor em política pública é a forma mais bonita de dizer: nós enxergamos vocês. E estamos aqui.”

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