Internacional
Trump e a Nova Ordem Global: Promessas de mudanças radicais no segundo mandato

Com seu retorno à presidência dos EUA, Trump delineia uma agenda de transformação internacional, marcada por nacionalismo, protecionismo e uma reconfiguração das relações globais

Com a sua volta à Casa Branca, Donald Trump promete levar os Estados Unidos a uma era de mudanças profundas no cenário global. Em seu segundo mandato, o presidente eleito estabelece como principal objetivo o fortalecimento da “Nova Ordem Global”, um conceito que remete a uma reformulação radical da maneira como os EUA se relaciona com o restante do mundo. Para Trump, a reconfiguração das alianças internacionais e a promoção de políticas autossuficientes são essenciais para garantir o futuro da nação.
Uma “Nova Era” de nacionalismo e protecionismo: Trump já deixou claro que seu governo será conduzido por uma agenda fortemente nacionalista. A ideia central é colocar os interesses dos Estados Unidos à frente de qualquer outro país, em detrimento de acordos multilaterais que ele considera prejudiciais à economia e segurança americana. Ele defende um retorno ao protecionismo comercial, com tarifas altas sobre produtos estrangeiros e uma reavaliação de tratados internacionais, como o Acordo de Paris e a Organização Mundial do Comércio (OMC).
“Os EUA devem ser líderes, mas sem abrir mão de nossa soberania”, declarou Trump em um de seus discursos pós-eleição. Esse retorno ao protecionismo visa não apenas o fortalecimento da indústria nacional, mas também o enfraquecimento da dependência dos EUA em relação a potências estrangeiras, especialmente a China.
Desafios no campo da imigração e segurança nacional: Outro pilar da Nova Ordem Global de Trump é a rigorosa política de imigração. No primeiro mandato, ele construiu a famosa barreira na fronteira com o México e reforçou controles mais severos para reduzir o fluxo de imigrantes ilegais. No novo mandato, Trump promete intensificar essas medidas, com o objetivo de proteger os empregos e a segurança nacional dos EUA, argumentando que a imigração descontrolada ameaça os interesses americanos.
Além disso, Trump sinalizou que buscará maior independência no setor energético, com a exploração de recursos naturais próprios, o que reduziria a dependência dos EUA de outras potências, como o Oriente Médio e a Rússia. Também promete avançar no fortalecimento das forças armadas, não apenas com aumento de investimentos, mas com uma postura mais assertiva frente a adversários globais, como a China e a Rússia.
Revisão das relações internacionais e conflitos geopolíticos: A relação dos EUA com potências como a China e a Rússia será outra área fundamental para o segundo mandato de Trump. O presidente tem defendido a ideia de confrontar a China em questões econômicas, tecnológicas e militares, como forma de proteger a liderança global dos EUA. No entanto, pode gerar tensões ainda mais intensas no cenário internacional, principalmente com relação à disputa pelo domínio do 5G, às tarifas comerciais e à questão dos direitos humanos.
Trump também se mostrou crítico em relação à presença militar dos EUA no Oriente Médio e à atuação da OTAN. Em sua nova ordem, ele propõe uma reavaliação dessas alianças, com uma postura mais focada em interesses diretos da segurança nacional dos Estados Unidos.
A “Nova Ordem Global”: Desafios e oportunidades: A ideia de uma Nova Ordem Global proposta por Trump reflete não só a busca por maior autonomia dos EUA, mas também a tentativa de reverter o que ele considera um “declínio” das últimas décadas no papel de liderança global do país. Para ele, os Estados Unidos devem ser mais independentes em relação ao resto do mundo, o que, segundo Trump, fortalecerá a posição do país no longo prazo.
No entanto, essa abordagem também enfrenta desafios consideráveis. O isolamento de outras nações pode enfraquecer a posição global dos EUA, além de aumentar as tensões diplomáticas com parceiros tradicionais. A reconfiguração da política externa dos EUA exigirá habilidade para equilibrar os interesses internos e externos, especialmente em um mundo cada vez mais multipolar.
O futuro sob a Nova Ordem Global: O conceito de Nova Ordem Global que Trump prega não é apenas uma adaptação das políticas internas, mas um reflexo de uma visão transformadora para os Estados Unidos e para o mundo. Com um segundo mandato à frente, Trump se prepara para implementar mudanças profundas, tanto nas relações comerciais quanto nas diplomáticas, com o objetivo de reposicionar os EUA como a potência global dominante. A eficácia desse projeto, no entanto, será medida pela capacidade de conciliar interesses internos e externos em um cenário internacional que exige flexibilidade e estratégia.
Jornal O Comunitário – Da Redação/Conteúdo
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