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APOTEOSE DO AMOR

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A apoteose do amor, segundo Cândido das Neves

Cândido das Neves, grande compositor

O instrumentista, cantor e compositor carioca Cândido das Neves (1899-1934), apelidado de Índio, na letra de “Apoteose do Amor”, invoca hipérboles e metáforas para explicar tudo o que sente por um amor não correspondido. Essa valsa foi gravada por Orlando Silva, em 1935, pela RCA Victor.

 

APOTEOSE DO AMOR
Cândido das Neves

 

Deus, só Deus
Sabe que os olhos teus
São para mim
Dois faróis clareando o mar
Na fúria do mar
Onde naufraga uma barca
Que o leme perdeu
Coitada, essa barca sou eu
A naufragar
Na existência que é o mar
Socorre-me com a luz desses faróis
Que são teus olhos azuis
São dois lírios os teus seios alabastrinos
Quase divinos
Parecem feitos para o meu beijo
Muito almejo dos lábios teus
Por um som
Pela glória do nosso amor
Musa dos versas meus
Inspira-me por quem és
Minha alma, bendito amor
Curvada aos teus pés
Rosa opulenta
Que o meu jardim ostenta
A queima em dor
Inspiração do meu amor
Eu nem sei por que foi que te amei
Pois tudo em ti é formosura e singular
Amei teu perfil
Amei teus olhos azuis
Eu amei teu olhar
Por fim nem tens pena de mim
Que sofro e choro
Na ânsia de te amar
Ah, triste de quem
Vive a chorar por alguém

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