Internacional
“O tribunal reconheceu os três réus como ‘corruptos da terra”
Bilionário iraniano é condenado
à morte por corrupção
Neste domingo (6), um dos mais conhecidos magnatas iranianos foi condenado à morte por corrupção relacionada às vendas de petróleo durante o governo do ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad. Babak Zanjani e mais dois empresários, além de lavagem de dinheiro, são também acusados de falsificações e fraude, segundo a televisão estatal local.
“O tribunal reconheceu os três réus como ‘corruptos da terra”, disse Gholamhossein Mohseni Ejehi, porta-voz oficial do Estado iraniano. O termo “corruptos da terra” é utilizado na região para todos aqueles que cometem crimes de grande impacto à sociedade e são, então, puníveis por morte. Neste caso, o veredito veio depois de cinco meses de investigação.
O site iranwatch.org também ligou Zanjani a atividades de “proliferação nuclear e desenvolvimento de sistemas vetores de armas nucleares no Irã”, além de “auxiliar o governo do Teerã a filtrar dinheiro para atividades sancionada do país”. Os promotores do país afirmam que Zanjani reteve bilhões de dólares de receitas petrolíferas através de suas empresas.
O condenado à morte é um dos mais ricos empresários do Irã e tem uma fortuna estimada em US$ 14 bilhões. Mas independente disso, foi preso assim que as eleições de Hassan Rohani terminaram e quebraram a tradição governamental que existia há oito anos. Em uma entrevista à BBC, em 2013, Zanjani afirmou não ser uma pessoa de política, mas de negócios.
O Irã não tem deixado punições mais leves nem mesmo aos cidadãos mais ricos do país. Em 2014, o bilionário empresário, Mahafarid Amir Khosravi, também foi condenado a mesma pena, por ser acusado de corrupção.