Manchete
Emanuel Pinheiro, eleito Prefeito de Cuiabá
O resultado de eleição é uma reviravolta na carreira política de Emanuel Pinheiro. Apesar de ter começado a vida pública há 28 anos, entre 1999 e 2013 ele ocupava a condição de suplente de deputado estadual e só ocupava vaga na Assembleia Legislativa graças a rodízios ou nomeações outros parlamentares em outros cargos.
Foi em 2014 que voltou a ser titular na Assembleia, em uma eleição na qual contou com forte apoio do prefeito Mauro Mendes (PSB), de quem foi coordenador de campanha no pleito de 2012. Nessa legislatura, passou a se destacar como um dos poucos opositores ao governador Pedro Taques (PSDB).
Com apoio de alguns outros parlamentares, Emanuel Pinheiro articulava uma chapa para se lançar presidente da Mesa Diretora AL-MT. Depois disso, o plano era ser candidato a deputado federal e seguir os passos do pai, Emanuel Pinheiro da Silva Primo. O pré-candidato do PMDB à Prefeitura de Cuiabá era o deputado federal Valtenir Pereira.
Contudo, a exposição de Emanuel aumentou durante a greve dos servidores pela Revisão Geral Anual (RGA). O peemedebista encampou batalha em favor dos servidores estaduais, enquanto o Governo do Estado se posicionou contra a RGA. Somado a isso, Valtenir não conseguiu viabilizar candidatura, sem apoios e com desgaste perante a opinião pública por votar contra a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Por fim, uma pesquisa qualitativa interna do PMDB apontou que Emanuel seria o melhor candidato da sigla. Valtenir recuou e o deputado estadual assumiu o novo projeto. Com isso, afastou-se das articulações na Assembleia e teve de se colocar como oposição ao prefeito Mauro Mendes (PSB). O prefeito chegou a chamar Emanuel de traidor e “Maria vai com as outras”.
Mas o recuo de Mauro Mendes evitou um confronto direto entre ambos, que foram aliados nas eleições anteriores. Ao invés disso, Emanuel passou a polarizar disputa contra Wilson Santos, com quem já havia protagonizado vários embates na Assembleia Legislativa, uma vez que o tucano era líder do Governo na Assembleia.