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POLÍTICA SANGRENTA: Candidato à Presidência do Equador é morto com tiros na cabeça

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Crimes ligados ao narcotráfico fizeram a taxa de homicídios quase dobrar no Equador em 2022

Fernando Villavicencio, de 59 anos, assassinado com três tiros na cabeça – Créditos: Rodrigo Buendia/AFP

O candidato Fernando Villavicencio, de 59 anos, foi assassinado com três tiros na cabeça na noite de ontem, após comício em Quito. Quarto colocado nas pesquisas de intenção de voto, ele tinha escolta policial porque vinha recebendo ameaças. O primeiro turno da eleição, antecipada em razão de forte instabilidade política, ocorrerá no dia 20.

O ex-jornalista e candidato presidencial do Equador Fernando Villavicencio, de 59 anos, foi assassinado ontem à noite após um ato de campanha em Quito com três tiros na cabeça. Ele era um dos oito candidatos para o primeiro turno das eleições gerais antecipadas que ocorrerão no dia 20. Segundo as pesquisas eleitorais, nas quais ainda há cerca de 40% de indecisos, o candidato de centro-esquerda ocupava o quarto lugar na preferência.

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, confirmou o ataque em sua conta na rede social X, antigo Twitter, e prometeu punir responsáveis. “O crime organizado já percorreu um longo caminho, mas todo o peso da lei cairá sobre ele”, disse. Os EUA ofereceram ajuda para investigar o caso.

Crime contra Fernando Villavicencio, de centro-esquerda, ocorre a 11 dias de eleição

Simpatizantes de Villavicencio, em pânico no local do comício

SUSPEITO MORTO

O Ministério Público informou que o suspeito do atentado, que trocou tiros com seguranças, foi detido e levado gravemente ferido à Unidade de Flagrantes de Quito, onde morreu.

O Equador elegerá presidente, vice e os 137 parlamentares no dia 20, depois que Lasso, de direita, dissolveu a opositora Assembleia Nacional, em maio, para pôr fim à “crise política grave e comoção interna” no país, como alegou.

A decisão foi tomada um dia depois de os deputados realizarem a primeira audiência do processo de impeachment contra ele, que poderia ter sido destituído do cargo. Lasso vinha recebendo duras críticas por medidas autoritárias tomadas nos últimos anos.

Villavicencio, candidato pelo partido Movimiento Construye Ecuador, foi uma das mais críticas vozes contra a corrupção no país, especialmente durante o governo do ex-presidente Rafael Correa (20072017). Ele apresentou queixas pessoais no tribunal contra membros do mais alto escalão de Correa e até contra o então presidente. Quando era presidente da comissão legislativa de Fiscalização, continuou denunciando casos de corrupção, assim como vinha fazendo quando era jornalista. O candidato recebia proteção policial e privada devido a ameaças que havia recebido semanas antes.

No último vídeo em que ele é visto vivo, Villavicencio sai do local onde foi realizado o comício cercado por policiais, que o ajudam a entrar em um carro. Antes de fechar a porta, uma série de disparos e gritos são ouvidos. Após o ataque, houve duas explosões controladas pela polícia nas proximidades. Como resultado do ataque, vários ficaram feridos, embora um número preciso não tenha sido divulgado.

Carlos Figueroa, um amigo de Villavicencio, afirmou em um vídeo divulgado em redes sociais que o candidato foi atingido por três disparos na cabeça e chegou a ser levado para um hospital próximo. O ministro do Interior, Juan Zapata, disse que o ataque foi cometido por matadores de aluguel.

Presidente Guillermo Lasso antecipou disputa após sofrer ameaça de impeachment

VIOLÊNCIA

O Equador tem enfrentado um aumento do crime relacionado ao tráfico de drogas, o que quase dobrou a taxa de homicídios para 25 por 100 mil habitantes em 2022.

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Nas semanas anteriores, o prefeito de Manta, Agustín Intriago, e um candidato a deputado da Província de Esmeraldas também foram assassinados de forma semelhante.

AP, AFP e EFE

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