Política

RECONHECIMENTO: Dai a Júlio Campos o que é de Júlio Campos

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“… o então governador Júlio Campos deixou em três anos 44.500 unidades habitacionais em todo o Estado”

Júlio Campos – Arquivo

Desde que a escrita foi inventada, a 3.500 anos a.C, os registros cotidianos, econômicos e políticos dessa época eram feitos na argila e daí se tem o conhecimento do mundo desde os tempos remotos. Começou com os sumérios, depois egípcios …

Desde que o mundo é mundo é assim: o que se faz, passa ou experimenta fica registrado – hoje em formas mais modernas e avançadas. Ainda assim, as gerações se esvaem, o tempo, senhor dos destinos, avança, o novo sempre vem e as pessoas ou esquecem ou não são [nem sempre] estimuladas a saber do que passou.

Um jovem de 30 anos, de hoje, por exemplo, a menos que pesquise, saberá quem construiu, quem inventou, quem fez chover, quem fez estiar. Uma pessoa que mora em uma casa do CPA II, por exemplo, pode não ter conhecimento de quem construiu aquele complexo habitacional (CPA I, II, III e IV), em Cuiabá – além do Santa Amália, em Cuiabá, Santa Isabel, Dom Bosco e Cristo Rei, em Várzea Grande. Além do complexo São José I e II, em Rondonópolis, entre outros em todos os rincões do Estado.

Um outro cidadão na idade dos 40 anos, igualmente, pode ignorar que a casa do conjunto habitacional São Luiz, em Cáceres, em que mora ou lhe foi passada pelos pais, foi construída em tal ano, por tal governante. O mesmo ocorre com quem mora no Piracema, em Barra do Garças, na Cohab Nova, União Violetas, em Sinop.

Os registros históricos servem para arquivar informações sobre feitos e iniciativas, e os fatos, por mais que a memória traia, ou que alguém não tenha o conhecimento, corrigem e repõem as realizações dando-lhes a autoria.

Quando governador, num tempo em que não existia o programa Minha casa minha vida, o então governador Júlio Campos (1983/86) deixou em três anos 44.500 unidades habitacionais em todo o Estado. (ele se desincompatibilizou para tentar, com êxito e maior votação nacional, proporcionalmente, uma vaga na Câmara Federal, assumindo o governo Wilmar Peres de Farias. Júlio Campos é o maior construtor de casas em toda a história de Mat Grosso – 15 mil a cada um dos seus três anos de gestão, em média.

Dos governadores que lhe sucederam, apenas Blairo Maggi se assanhou, prometendo 70 mil casas (já com o programa federal Minha casa Minha Vida), mas ficou em pouco mais de 12 mil no final de sete anos de mandato. Carlos Bezerra foi um desastre na área, Jayme fez pouco e Dante, se fez alguma coisa em habitação, tem que se pedir o auxílio da luneta.

Em um tempo de dificuldades imensas, em que as transferências de recursos federais para o Estado não eram necessariamente obrigatórios, Júlio deslanchou em outras áreas estratégicas: construiu 2.160 quilômetros de estradas, conectando, integrando todas as regiões: de Cuiabá a Sinop, Colíder; de Cuiabá a Torixoréu, Nova Xavantina, Barra do Garças; de Cuiabá a Pedra Preta, Poxoréu ou Rondonópolis; de Cuiabá a Cáceres, Mirassol d’ Oeste, Quatro Marcos, Canarana.

Nesse tempo, o governo federal começou a ‘rasgar’ o Estado com as Brs 174, 070, 163, 364. Com o tino de explorador e com sua inquietação como gestor, Júlio aproveitou o evento para popularizar as rodovias estaduais, as MTs, que tiveram a propulsão no seu governo, e foram pontos de interseção ou como modelos troncais – servindo todos os pontos cardeais do Estado.

Aliado a isso, foram quase duas dezenas de pontes de concreto grande extensão e quase uma centena de outras mais curtas em estradas vicinais.

Em resumo, o governo Júlio Campos fez valer o slogan “Quatro anos de governo, quarenta anos de progresso”, linha de ação semelhante à de Juscelino Kubitschek, o construtor de Brasília, cujo slogan era “50 anos de progresso em cinco anos de governo”.

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O governo de pouco mais de três anos marcou Mato Grosso para sempre. Em todas as frentes, a sua marca permanece até hoje. Foi Júlio Campos que instituiu a Fundação Centro Universitário de Cáceres (Fucuc), hoje Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Na educação fundamental e básica o governo da época entregou mais de 1.000 salas de aulas em todo o Estado, cujas escolas estão em atividade até hoje.

A execução do Programa 3E (Educação, Estradas e Energia) foi destaque nacional e ganhou prêmios internacionais na época, não pela força da nomenclatura, mas pelos indicativos e resultados obtidos. O arrojado projeto de energização estadual ganhou contornos extraordinários. Nem mesmo o ‘Luz no campo’, no primeiro governo Lula – 2003 2006 – teve tamanho impacto. Lula levou luz para chácaras e pequenos povoados rurais. Júlio levou energia para cidades inteiras – mais de duas dezenas delas, com pequenas subestações e hidrelétricas – Guarantã do Norte, Paranaíta, Juína, Torixoréu, Xavantina, Primavera do Leste, que viviam às escuras, são algumas dessas cidades, hoje completamente autônomas e ricas, com energia de sobra, para dar e vender. Sem entrar em minúcias, além do conforto da população, houve a garantia de industrialização e independência financeira.

No setor de águas e esgoto os números são igualmente formidáveis. Na saúde, foram 98 postos de saúde e uma dezena e meia de hospitais e clínicas populares. Para se ter uma ideia dos números superlativos da gestão 83/86, basta ver que um resumo dos seus feitos só na Educação, que está nas prateleiras do Arquivo Estadual, soma 588 páginas – sem muito detalhamento.

Jornalista Jorge Maciel

A 34 a.C, dez anos da morte do incomparável Júlio César, que transformou Roma com aquedutos, estradas, pontes e reformas e construção de prédios públicos – sem falar da glória nas campanhas militares -, numa sessão do Senado, com Tibério imperador, alguns senadores tentaram desmerecer os feitos de Júlio César. O colega de bancada, senador Anius Caio, interpôs: “sejamos justos, disse ele – vamos dar a César o que é de César”, bradou ele. A expressão tem a ver com a cobranças de impostos pelos coletadores de então César, e foi usada apenas com contornos para fazer justiça e dar o necessário crédito ao legado do ex-imperador.

Tomo, assim, mais que dois milênios depois, a licença do acontecido histórico para a comparação circunstancial do fato, que exige a mesma ponderação para autenticar a necessidade de por o pingo no ‘i’: obrigatoriamente, pela exigência justaposta da palavra, que tenhamos o oportuno senso do reconhecimento e justiça para dar a Júlio o que é de Júlio.

Por Jorge Maciel

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2 Comments

  1. נערות ליווי בפתח תקווה

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