Região
CLANDESTINO
CRIME
Prisão no garimpo
de Pontes e Lacerda
Assessoria
A Polícia Federal, com apoio da Polícia Judiciária Civil e da Polícia Militar de Mato Grosso, deflagreração Corrida do Ouro, para desarticular organização criminosa especializada na extração e comércio de ouro do garimpo ilegal localizado em Pontes e Lacerda.
Estão sendo cumpridos 10 mandados de prisão, 30 de busca e apreensão e 05 mandados de condução coercitiva nos municípios de Pontes e Lacerda, Cáceres e Cuiabá.
A organização criminosa é integrada por policiais civis da ativa, um oficial da polícia militar da reserva e um vereador, entre outros, sendo responsável pelo comando das atividades ilícitas realizadas no garimpo.
Os agentes públicos utilizavam-se da qualidade de policiais para manter o domínio das atividades ilícitas no garimpo, através de todo tipo de intimidação, inclusive com o uso de armas de fogo contra pessoas que eventualmente contrariassem seus interesses.
Os membros da organização criminosa eram vistos com frequência por garimpeiros da região, circulando armados pelo garimpo.
Destaca-se a existência dos chamados “buracos da polícia”, locais de extração de ouro dominados pelos membros da organização criminosa.
Todos os agentes públicos envolvidos são bastante conhecidos pela população local, muitos deles lotados na Delegacia de Polícia Civil em Pontes e Lacerda e região.
Os integrantes da organização criminosa estabeleceram a “lei do silêncio” no garimpo, o que dificultou a investigação. Não obstante, os investigadores obtiveram provas que resultaram na decretação da prisão preventiva, expedição de mandados de busca e apreensão e conduções coercitivas em diversos endereços dos suspeitos, bloqueio de contas e afastamento cautelar das funções públicas, este último aplicado especificamente aos policiais da ativa. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Cáceres.
Os criminosos responderão pelos crimes de organização criminosa, extração e comércio de matéria-prima pertencentes à União sem autorização legal e execução de lavra ou extração de recursos minerais sem autorização.
As penas máximas dos crimes somadas podem chegar a 20 anos de prisão.
Guelo e dois policiais civis estariam entre presos
O ex-vereador Wyldo Pereira da Silva, o Guelo (PDT), seria um dos presos pela Polícia Federal. Além dele, os agentes da Polícia Civil identificados somente como Paulo e Junior também teriam sido levados pela PF. As informações são da Rádio Jornal de Pontes e Lacerda.
Agentes foram vistos na residência do pecuarista Celso Fante, e na empresa de compra de ouro, do proprietário Pizan.
A Polícia Federal não quis confirmar nomes. Mas relata que nenhum preso chegou à delegacia de Cáceres. Agentes munidos de documentos de busca e apreensão são os primeiros a chegarem.
Não é a primeira vez que Guelo é envolvido em polêmica. Em junho do ano passado, o então vereador renunciou ao cargo para evitar a cassação. Isso porque estava extorquindo o seu suplente Alex Rodrigues (DEM) que estava na vaga enquanto Guelo era secretário de Esportes. O democrata, contudo, tinha que pagar um percentual para o titular e ainda manter seus assessores no cargo.