Fernanda Leite

Ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), negou todas as acusações que serão apresentadas contra ele em uma reportagem que será exibida hoje, domingo (22) no programa Fantástico, da rede Globo.

Riva pode ser condenado à prisão: mais de 100 anos em regime trancado. Verdade? Mentira? A Justiça vai dizer…

Conforme a reportagem que será apresentada pelo “Repórter secreto” do programa, a Assembleia Legislativa movimentou um esquema de mais de meio bilhão de reais por baixo dos panos. E ainda, a AL e o Governo teriam pagado R$ 140 milhões pela impressão de cartilhas que nunca foram impressas.

“Eu não era ordenador de despesas da Casa, faziam 6 anos. É interessante uma pessoa fazer esse tipo de declaração, agente nota claramente que estão querendo me jogar neste meio. É fácil uma pessoa hoje fazer uma delação e jogar a culpa nas costas de alguém”, criticou o ex-deputado.

Riva disse ainda que irá provar sua inocência é já existem pessoas fazendo levantamento de todos os gastos com gráficas e quem eram os responsáveis pelos ordenamentos das despesas. “Vale lembrar ainda que fiquei longe da presidência por três anos por determinação da Justiça”, justificou o ex- parlamentar.

Com relação às obras do Veículo Leve Sobre Trilho – VLT, Riva esclarece que a AL não era executora do modal que não saiu do papel.

“Teve um grupo de deputados que acompanharam os andamentos das obras da Copa, mas eu sempre quis que o Estado contratasse uma empresa privada que ficaria incumbida de acompanhar o processo das obras”, argumentou.

Com relação a fraudes na execução de serviços gráficos, em que o ex-deputado e jornalista Maksuês Leite denunciou recentemente à Justiça, que as gráficas ficavam com 25% desse dinheiro e 75% retornava para o presidente da Assembleia Legislativa. As mesmas afirmações foram feitas por um homem não identificado à reportagem do programa dominical. A compleição física e a voz, apesar de distorcida por efeitos especiais, lembram bastante a figura do ex-deputado, que por sua vez, nega ser a pessoa alegando estar proibido de falar por estar no programa de Delação Premiada.

“Eu não sou responsável por nada, e a AL sempre precisou de materiais gráficos e usa-se muito. É só perguntar para os donos de gráficas e dirão que materiais são produzidos”, esclareceu.

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Processos continuam em 1ª instância

Depois de perder o foro privilegiado, o ex- parlamentar vem tentando que 21 processos que tramitavam no Supremo Tribunal Federal não tramitam em 1º instância. O Tribunal de Justiça já negou recurso para reverter à situação do ex-deputado.

A assessoria de José Riva irá analisar a decisão do TJ e tentar reverter a decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF).